quarta-feira, 16 de junho de 2010

A minha África do Sul

O Administrador Luiz Otávio Guimarães é um amigo (na verdade um grande amigo/irmão) que conheci na faculdade. Ele é uma pessoa com um grande coração e um espírito aventureiro incomparável. Ainda na faculdade começou a trabalhar na organização médico-humanitária internacional Médicos Sem Fronteira – MSF (mais informações no http://www.msf.org.br/).

Uma das missões em que Luis Otávio participou foi realizada no continente africano, mais precisamente na África do Sul. Assim, convidei-o para escrever um pouco sobre a sua experiência naquele país, sede da Copa do Mundo 2010. Abaixo segue o primeiro texto de uma série. Espero que gostem. Vamos lá!

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A minha África do Sul

Hoje (15/06/2010) é o primeiro jogo do Brasil na Copa da África do Sul. Primeira Copa a ser realizada no continente africano. Em 2007 eu pensava que estaria hoje dentro de um dos estádios que na época estavam sendo construídos para a Copa de 2010. Nessa época eu morava no Malauí e passei uns 20 dias em ZAF (isso mesmo com Z, South Africa Republic), termo usado pelos locais para definir a África do sul.


O que dizer do país mais rico da África?
Poderia escrever páginas e páginas da minha impressão daquela terra, mas vou fazer diferente. Como não se pode comer um boi inteiro de uma vez, também não se pode falar sobre toda a experiência que vivi naquele país de uma “lapada” só. Mas como é possível comer um boi nos bifes, é por isso vou dar doses de África do Sul nos textos que escreverei.

Sempre imaginei a África (continente) um lugar seco, empoeirado, com animais magros, gente magra, enfim, um contexto bem pobre e cheio de necessidades. Talvez seja esse tipo de imagem que várias pessoas tenham na cabeça, mas quero dizer que e extremamente equivocada.

Primeiro, o continente africano tem 53 países (sem considerar a Somália), com 30 milhões de Km². Para ter uma ideia desse tamanho imagine que o Brasil tem 8,5 milhões de km² e a America do Sul tem 17,8 milhões de km². Daí, posso dizer que é infinitamente grande a variedade de línguas, costumes, geografia, clima e outras coisas nesse continente e que isso é repetido por seus países.

Quando aterrissei em OR TAMBO – Aeroporto internacional de Johanesburgo ou simplesmente Jo’burg, como dizem os africanos, fiquei impressionado com a estrutura aeroportuária, alfândega e lojas de free shop. Não sei dizer em tamanho, mas o OR TAMBO tem capacidade para 28 milhões de passageiros por ano e tem um ótimo serviço disponível ao passageiro. Realmente impressiona, especialmente quando esperava encontrar uma estrutura mais modesta. O nome OR TAMBO é uma homenagem a Oscar Tambo, um dos militantes contra o Apartheid.
Aeroporto Internacional de Johanesburgo


Johanesburgo é a maior e mais populosa cidade da África do Sul. Por razões que eu desconheço esse país tem 3 capitais: a jurídica, BLOEMFONTEIN; a executiva, PRETORIA; e a legislativa, CIDADE DO CABO (CAPETOWN). Mas o que mais se poderia esperar de um país que tem 11 línguas oficiais Afrikaner (derivação do holandês), Inglês, Ndebele, Sotho do Norte, Shoto, Swazi, Tswana, Tsonga, Venda, Xhosa e Zulu. Algumas até parecidas e outras super diferentes. É incrível escutar alguém falando Xhosa, um idioma no qual se pronuncia uma silaba e junto um TOC TOC com a língua no céu da boca.





(continuará na próxima postagem)

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