Especialista acredita que governo deveria beneficiar
carros nacionais diminuindo a carga tributária, não aumentando a de importados
Há poucos dias,
o governo resolveu aumentar a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) paga pelas montadoras de automóveis estrangeiras. Polêmica, a
medida tem divido opiniões. A JAC Motors, por exemplo, anunciou que suspenderá
a abertura de sua primeira fábrica no Brasil, devido as dificuldades que o novo
imposto acarretará de imediato, já que a companhia ainda é considerada
estrangeira.
De acordo com o
especialista em direito empresarial Thiago Massicano, o aumento do imposto é
inconstitucional. Segundo ele, o tributo deveria ser aplicado para a indústria
sobre produtos industrializados, mas sua finalidade está sendo a de diminuir a
importação de veículos. "Ele foi aplicado de maneira errada, o correto
deveria ser aumentar a alíquota do imposto de importação. O princípio da
finalidade tributária está errado", sustenta Massicano. O segundo motivo é
que o imposto deveria seguir o princípio da noventena, ou seja, ser aplicado
depois de 90 dias.
Para o
especialista, o governo deveria estimular o carro nacional de outra maneira:
diminuindo a alta carga tributária, e não aumentando a do importado. "Quem
está sendo prejudicado nisso tudo é o consumidor, que vai acabar pagando mais
caro de qualquer jeito. Os preços do importado e do nacional terão reajustes. É
a lei da oferta e procura. E isso não é vantagem nenhuma para o Brasil",
acredita.
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