sexta-feira, 28 de maio de 2010

Conheça o segredo da origem de Paulo Henrique Ganso

LanceNET! revela a incrível história do jogador que foi rejeitado pela mãe biológica e se transformou em uma das maiores revelações do país


Há um empurrãozinho da genética na fórmula de sucesso de Paulo Henrique Ganso. O camisa 10 do Santos é filho biológico de Amarildo, ex-jogador habilidoso do Remo, um segredo até hoje mantido pela família que o LANCENET! revela com exclusividade após percorrer cidades dos estados do Pará e do Amapá. A história do craque que encantou o Brasil daria roteiro de um filme — com final feliz.
Henrique, como é chamado em casa, foi criado por Julio Tavares de Lima e Maria Creuza Tavares de Lima com um amor incondicional, capaz de fazer a família se mudar do Pará para São Paulo, há cinco anos, em busca do seu sonho de ser jogador. Só que o menino nasceu de uma relação passageira entre Amarildo, irmão de Creuza, e uma ex-empregada dela. A mãe biológica do menino não quis criá-lo e o deixou na porta da casa dos Lima, em outubro de 1989, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.



Creuza e Júlio registraram Paulo Henrique como filho e passaram a criá-lo com todo empenho e carinho dedicados aos outros três filhos mais velhos. O jogador santista, mesmo sabendo da verdade desde criança, sempre chamou Creuza de mãe e Julio de pai. Não mantém contato com a mulher que o trouxe ao mundo. Nem quer aproximação, dizem os amigos.

Amarildo Chagas, o pai biológico de Paulo Henrique Ganso, é ídolo em Laranjal do Jari, cidade do Amapá apaixonada por futebol. Primeiro, por ter sido seis vezes campeão com a seleção do município no Intermunicipal de Amadores do estado, competição mais badalada do que o próprio Amapaense de profissionais.
Amarildo (com o trofeu na mão) – que jogou em 1988 e 89 pelo Remo (PA) e morou na casa de Creuza – largou o futebol profissional em função de uma lesão no joelho, logo após o nascimento do garoto. Atormentado com a paternidade inesperada, refugiou-se em Laranjal do Jari, cidade pobre de 40 mil habitantes no interior do Amapá, divisa com o estado do Pará. Passou a ver Paulo Henrique poucas vezes, mas na condição de tio.
E quem não o conhecia passou a conhecê-lo após a fama do jogador do Santos. Quando caminha pelas ruas, Amarildo é parado por pessoas orgulhosas com o sucesso de Ganso. Na cidade localizada a 200 quilômetros de Macapá, até quem não acompanha futebol se sente feliz por ter o pai do astro como conterrâneo.
– É uma satisfação para nós, aqui nesse fim de mundo, ver o Ganso jogar e saber que o pai dele mora aqui. É a continuação de uma história. Os dois (pai e filho) são muito parecidos jogando – disse o taxista Romildo Soares, torcedor do Flamengo, simpatizante do Remo e novo admirador do Santos.
De fato, pai e filho têm semelhanças. A equipe de reportagem do LANCENET! encontrou Amarildo em um amistoso no Estádio Municipal de Laranjal, na sexta-feira passada. Prestes a completar 50 anos, o ex-jogador demonstra habilidade com a canhota. Corre, bate na bola e orienta os companheiros de maneira parecida com o do filho famoso do Santos.
– O mais curioso é que são iguais no jeito de jogar. Nunca conviveram juntos e jogam na mesma posição, batem com a perna esquerda e têm a mesma habilidade. Essa tal de genética impressiona mesmo – disse o empresário Cesar Aguiar, que vê Amarildo jogar há 20 anos.
O ex-meia do Remo leva uma vida simples. Segue trabalhando com estivador no porto de Vitória do Jari, cidade vizinha, carregando e descarregando navios. Amigos falam que ele não quer exposição, não quer aproveitar-se da fama do filho. Reconhece e admira o empenho dos pais adotivos e faz questão de destacar que nada mudará na relação com Ganso quando tudo vier a público.
Amarildo sempre seguiu os passos de Ganso, na condição de tio preocupado. Os 450 quilômetros de difícil acesso entre Laranjal do Jari e Ananindeua impediam encontros frequentes.
Mas, sempre que podia, via o filho jogar. Assistiu, orgulhoso, aos primeiros dribles do jogador pela Tuna Luso. Teve certeza de que o garoto teria mais sorte do que ele na carreira. A última vez em que Amarildo esteve com Ganso foi antes de o meia transferir-se para o Santos, há cinco anos. Como conselho, pediu foco no trabalho e o aperfeiçoamento de uma das suas principais qualidades: o passe.
Amarildo ainda fala com o filho por telefone. Vê os jogos pela TV e os discute com o craque. Quando Ganso negou-se a sair de campo, na final do Paulistão, chamou a atenção do filho pelo ato de rebeldia em campo.
Ganso percorreu longo caminho até o sucesso
Camisa 10 do Santos saiu do futsal para brilhar nos campos. Apontado hoje como uma das maiores revelações do futebol brasileiro nas últimas décadas, Paulo Henrique Ganso teve um longo caminho até, enfim, brilhar no Santos. Conheça a trajetória do camisa 10 do Peixe:
Nascimento
Nascido no dia 12 de outubro de 1989, Paulo Henrique foi adotado pelos Lima. Desde pequeno, dizem amigos, já mostrava jeito com a bola.
Petrobras
O primeiro passo no futebol aconteceu em um time da Petrobras, ampresa em que o pai adotivo Julio trabalhava. Por conta disso, Ganso carregou como apelido o nome da estatal durante anos.
Tuna Luso
Aos 7 anos, foi levado pela mãe adotiva Creuza à Tuna Luso, tradicional clube de Belém. Lá, jogou futsal até os 15 anos. Desde o início, usou a braçadeira de capitão e levantou muitos títulos.
Arrancada
A partir dos 13, passou a dividir o tempo entre a Tuna e o futebol de campo no Paysandu. Dois anos depois, foi chamado pelo Santos. A família aceitou o desafio e foi atrás.
Consagração
Profissional desde 2008, ganhou a camisa 10 este ano. Destaque na conquista do Paulista, já está na mira de clubes como Milan e Real Madrid.



Trechos retirados da matéria publicada em 28/5/2010 no lancenet (WWW.LANCENET.COM.BR)
Por Daniel Leal e Mauro Graeff Júnior

Um comentário:

Anônimo disse...

Não é que ela não o quis criar o fato é que já tinha 2 filhos e não tinha condições financeiras para cria-lo nem mesmo para onde leva-lo já que foi posta para rua quando estava gravida! Bom teve melhor criação e melhor futuro se estivesse ao lado de seus irmão! Ela mantem distância jamais vai procura-lo sabe que não tem esse direito mais todo mês de junho que é o mês que ele nasceu ela fala meu filho e não sabe que é ele ou não gosta de falar sente vergonha só fala para os filhos