sexta-feira, 26 de março de 2010

Quem o cidadão gostaria de ver ser retirado primeiro das ruas?

Esta semana a Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento de Manaus (Sempab) iniciou a retirada dos ambulantes da orla da Manaus Moderna. A operação envolve fiscais da Sempab, Guarda Municipal e Polícia Militar.

Neste primeiro momento o alvo são os carrinhos que vendem frutas, verduras e peixes na área. De acordo com informações da Sempab, os ambulantes já haviam sido comunicados da remoção anteriormente. De acordo com a secretaria, a fiscalização na área será permanente e caso algum ambulante insista em voltar ao local, ele terá a mercadoria apreendida.

O jornal A Crítica noticiou que o diretor de comércio informal da Sempab afirmou que os vendedores informais retirados da área podem trabalhar em outros locais. “Estamos dando a oportunidade para que eles escolham outro local para trabalhar, de preferência nos bairros da cidade. Sabemos que eles têm família e necessitam de sustento, mas eles também precisam entender a questão da ordem urbana”, declarou Marcelo Schroeder.

Também foram retiradas da orla Manaus Moderna 14 bancas de vendas de passagens de barco. A secretaria disse desconhecer que os vendedores possuem autorização para trabalhar no local. Os vendedores, porém, alegaram ter permissão para executar este serviço. “Eles podem até ter essa autorização e até voltar a vender passagens na Manaus Moderna, mas não com a estrutura e as bancas que eles possuíam”, disse Marcelo Schroeder. A Sempab já retirou pelo menos 159 vendedores ambulantes das vias de Manaus.

É lógico que a retirada dos ambulantes do centro de Manaus é algo positivo e que tem o apoio da população. O grande problema é que a esses cidadãos deve ser disponibilizada uma outra área para que possam continuar trabalhando.

Sobre o assunto, recebi um e-mail do amigo/irmão Luiz Otávio Guimarães, o qual me deu autorização para replicá-lo aqui. Confiram os argumentos apresentados. Tem uma certa lógica. Vejamos:

“Concordo que se organize a cidade, pois é impossível andar pelas calcadas de Manaus. Vendedores de café da manhã, passagem de barcos, picolés, engraxates e outros vendem um serviço à sociedade, de forma clandestina e ninguém duvida disso, mas ao menos estão trabalhando e não roubando ou extorquindo. Porém, e quanto aos FLANELINHAS? Esses “profissionais de segurança” estão colocando cones para se apossar das ruas e extorquem os motoristas ameaçando-os caso não paguem adiantado. Estes “trabalhadores” cobram R$2,00 no centro da cidade e R$10,00 à noite nas festas para “garantir” que o bem dos motoristas não seja danificado ou roubado! Agora pergunto: quem será que traz mais ameaça e mais desorganização pra nossa cidade, aquele que trabalha mesmo que de forma desorganizada, ou aquele que faz extorsão? Pergunto mais: quem o cidadão gostaria de ver ser retirado primeiro das ruas? De acordo com a associação de Flanelinhas, são 3 mil flanelinhas cadastrados.Vamos nos mobilizar!!” Luiz Otavio Guimaraes - Administrador.

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