No dia 5 de abril, começa a vacinação contra a gripe A para pessoas com idades entre 20 e 29 anos. Depois, receberão as doses idosos com doenças crônicas e, em seguida, brasileiros que têm entre 30 e 39 anos. Desde março, já foram imunizados profissionais da saúde, indígenas, gestantes e doentes crônicos – o objetivo do Ministério da Saúde é vacinar 91 milhões de pessoas.
Além de combater o vírus H1N1, que provocou 2.051 mortes em 2009 em todo o país, é preciso vencer também as dúvidas sobre o tema e os boatos, que se espalharam pela internet acerca da vacinação. Para eliminar essas questões, a repórter Natalia Cuminale consultou o Ministério da Saúde e ouviu também os médicos infectologistas Nancy Bellei, Eduardo Medeiros e Juvêncio Furtado a respeito do assunto. Confira os (principais) esclarecimentos a seguir:
Cronograma de vacinação para a gripe A
- Crianças entre 6 meses e dois anos: 22/3 a 23/4
- Doentes crônicos com até 60 anos de idade: 22/3 a 23/4
- Gestantes: 22/3 a 23/4
- População de 20 a 29 anos: 5/4 a 23/4
- Pessoas com mais de 60 anos vacinam-se contra a gripe comum. Aqueles com doenças crônicas também serão vacinados contra a gripe pandêmica: 24/4 a 7/5
- População de 30 a 39 anos: 10/5 a 21/5
- As mulheres que engravidarem depois de 23 de abril ainda podem tomar a vacina até 21 de maio.
Até o momento, o Ministério da Saúde não planeja aplicar a vacina em pessoas que não se encaixam no perfil estabelecido. As clínicas privadas poderão disponibilizar a vacina a toda população – inclusive para quem não faz parte do grupo prioritário – desde que as doses compradas estejam registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o MS, não há impedimento para que as clínicas ofereçam a vacina.
Vale lembrar que a vacina não é obrigatória. "Quem pertence ao grupo e não vai se vacinar tem mais risco de adquirir a gripe e chegar a um óbito", afirma a infectologista Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Até mesmo as pessoas que acham que tiveram a nova gripe devem tomar a vacina", explica o infectologista Juvêncio Furtado, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina do ABC
De acordo com Nancy Bellei, estudos mostraram que a efetividade da vacina ultrapassa os 90%.
"As pessoas não têm porque pensar que estão sendo cobaias da vacina", atesta o infectologista Juvêncio Furtado, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina do ABC. "As vacinas brasileiras foram feitas por laboratórios que têm tradição. Não é nada experimental. Para que elas chegassem ao mercado, passaram por vários testes que mostraram segurança e eficácia. Além disso, tivemos o privilégio de receber depois da America do Norte", complementa o infectologista e professor da Unifesp Eduardo Medeiros.
Segundo o MS, a única contraindicação é para pessoas alérgicas a ovos – uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha. Os especialistas também chamam a atenção para pessoas que têm alergia severa ao timerosal, presente no antigo merthiolate, já que ele também faz parte da composição da dose.
Segundo a infectologista Nancy Bellei, da Unifesp, menos de 1% dos vacinados pode ter dor no local da aplicação, febre e mal-estar. Em casos raros, as pessoas podem apresentar reações alérgicas.
Fonte: http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/vacinacao-contra-gripe-a.shtml
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